Nas palavras de Fernando Pessoa: “Boa é a vida, mas melhor é o vinho”! Esta magnífica bebida proporciona sempre, ao redor de uma mesa, as mais animadas conversas. Mas, para se saborear bem os vinhos, deve ter-se em atenção alguns cuidados especiais. Afinal, saber apreciar um vinho constitui só por si uma arte… Neste artigo, convidamo-lo a embarcar nos nossos Cruzeiros no Douro com Visita e a navegar no saboroso mundo das Provas de Vinhos!
Já se pensou nas suas férias de Verão? Por que não aproveitar um fim-de-semana para um deslumbrante passeio no Douro? Sugerimos um sublime Cruzeiro Porto-Régua-Porto (com Visita) ou o encantador Porto-Pinhão-Porto. Nestes programas, além da experiência de navegar nas tranquilas águas do rio Douro, desfrutará também de uma maravilhosa Visita a uma Quinta com Prova de Vinhos incluída, já em pleno coração da Região do Douro.
Se preferir ficar-se pelo Porto, visite as famosas Caves de Vila Nova de Gaia e faça uma requintada prova de vinhos no nosso Cruzeiro das Pontes no Douro com espetáculo de Fado.
Provar um vinho é usufruir de todo o prazer que uma boa garrafa nos pode proporcionar. Como tal, aquilo que agora se propõe é sugerir algumas regras básicas relativas à prova de vinhos, de modo a que possa maximizar o prazer que se pode retirar do precioso néctar.
UM VINHO PARA EXPLORAR OS CINCO SENTIDOS!
A escolha certa de um vinho e o saber bebê-lo corretamente tem uma importância decisiva no êxito de uma prova de vinhos. Em primeiro lugar, quando nos dispomos a beber um bom vinho é importante não ter pressa. A melhor homenagem que podemos prestar a esse notável produto da Terra e do Homem é apreciá-lo tranquilamente. Na verdade, ninguém aprecia uma obra de arte se passar por ela a correr!
Outro aspeto a ter em conta é que o vinho se aprecia recorrendo à utilização de todos os sentidos e não apenas do paladar! Por isso se faz a distinção entre “prova sensorial” e “prova analítica” (feita através de análises em laboratório). Por este motivo, também os enólogos se referem aos vinhos pela seguinte ordem: visão, olfato e paladar, utilizando termos como “aspeto”, “nariz” e “boca”.
VISÃO
Num copo transparente, de preferência próprio para degustação, olhe para o vinho contra uma superfície branca (por exemplo, a toalha da mesa ou uma folha de papel branco) quer de lado, quer de cima. Deve-se apreciar o vinho, a tonalidade e intensidade da cor e a limpidez.
Incline o copo. O vinho vai agora ficar mais translúcido. Este é um dos motivos por que se deve colocar uma pequena porção de líquido no copo, um quinto ou um quarto da sua capacidade total. Pode-se agora apreciar as diferenças de tonalidade entre os bordos e o centro da superfície do vinho. Todos estes detalhes são reveladores da qualidade e do perfil do vinho. Facilmente se depreende que à medida que se for desbravando mais conhecimentos nesta área, mais interessante e agradável se tornará a prova.
OLFATO
Outro motivo pelo qual se vertem pequenas quantidades para o copo de prova está relacionado com esta fase da prova. Depois de cheirar o vinho sem agitar o copo, deve-se girar para que o líquido percorra as paredes do copo, provocando assim a libertação de aromas porventura diferentes dos que cheirou na primeira vez. Recorrendo à memoria olfativa tente identificar os aromas que o vinho liberta, tanto antes como depois de rodar o vinho pelo copo. Há aromas que nos fazem lembrar frutas (por exemplo framboesa, limão, frutos secos…), tostados (café, torradas...), madeira, especiarias e por aí fora. Em regra geral, quanto mais intenso é o aroma de um vinho, melhor é a sua qualidade.
TACTO
Quando pensamos neste sentido na prova de vinhos a primeira reação é de estranheza: tato!? Esquecemos que temos a capacidade de tatear com todo o nosso corpo e, neste caso, com a língua e boca, podendo detetar a textura dos taninos e a untuosidade do vinho.
PALADAR
Esta é a fase mais importante da prova. A este respeito importa lembrar que as pupilas gustativas estão dispersas por vários pontos da língua e também por trás da boca (na orofaringe e no topo do esófago). Assim, enquanto na ponta da língua captam-se os sabores doces, na parte de trás captam-se os amargos. Os ácidos e salgados são capturados noutros pontos da língua. Por este motivo, depois de ingerir uma pequena porção de vinho, deve fazê-lo percorrer todo o interior da boca antes de o engolir ou cuspir. Pode assim concentrar-se no corpo do vinho, na acidez, na doçura (ou, ao invés, na secura), no amargor e na adstringência (quando a língua e as gengivas ficam ásperas). Para provar um vinho deve beber-se apenas um pequeno gole, podendo beber-se ainda um segundo depois de uma pequena pausa.
O final da prova termina como designado “fim de boca”. Este consiste no sabor que fica na boca depois de se engolir ou cuspir o vinho. Este pode ser mais longo ou mais curto. Assim, um vinho curto nunca poderá ser associado a vinho de qualidade.
UM BRINDE AOS DEUSES
Já aqui falamos da visão, do olfato, do tato e do paladar. Mas, e a audição? Dizem que para apreciarmos um vinho na sua plenitude, devemos utilizar os nossos cinco sentidos.
É aqui que surge a história do brinde! Existem muitas histórias sobre a origem desta remota tradição, algumas baseadas em factos históricos, outras na mitologia.
Os registos mais antigos indicam que a história do brinde teve início com os Gregos e Romanos que, na Antiguidade, erguiam as suas taças de vinho como oferenda aos deuses. Outros relatos mostram que o brinde teve origem por outro motivo: o brinde selava o fim dos conflitos e era uma prova de confiança. Nesta época, assassinar os inimigos colocando veneno na bebida era algo comum. Durante os banquetes de acordo de paz, os líderes ou anfitriões batiam as suas taças fortemente contra as dos seus adversários, fazendo com que os líquidos passassem de uma taça para a outra e garantindo, assim, aos convidados que o vinho não estava envenenado. Daí a expressão “Saúde” que sempre acompanha os brindes!
Há quem diga também – numa versão mais poética - que a origem do brinde está relacionada com uma festa que Dionísio, Deus grego do vinho, um dia organizou no Monte Olimpo. Nessa festa, todos os convidados desfrutavam dos prazeres do vinho – através da visão, olfacto, paladar e tato -, mas faltava o prazer auditivo. Então, Dionísio sugeriu que se batesse com os copos, criando uma melodia para os amantes do vinho. Ao sugerir o bater das taças, o Deus do Vinho fez com que o sentido auditivo também começasse a participar do prazer da bebida, tornando a experiência sensorial da degustação completa.
São, portanto, várias as versões que explicam a origem do brinde. Estas e outras narrativas são contadas em primeira mão pelos nossos especialistas! Reserve o programa Experiências do Douro, visite uma das mais famosas Quintas da Região, prove os fantásticos vinhos aí produzidos e delicie-se com as histórias e curiosidades ligadas ao famoso néctar.
Seja para festejar vitórias, saudar divindades, celebrar conquistas ou comemorar momentos especiais, a verdade é que um brinde significa sempre alegria e boas vibrações.
Brinde connosco a bordo dos nossos Cruzeiros com Visita e prova de vinhos. Erga a sua taça e… Saúde! Tim-tim!