Visitar o Porto é mergulhar no passado e no futuro. A magia do Porto reside na sua capacidade de evoluir, preservando os traços do passado que o tornam tão especial e diferente das outras cidades. Aqui, a famosa Praça da Ribeira é de visita obrigatória. Embarque num Cruzeiro e desfrute desta combinação perfeita: a Praça da Ribeira, o rio Douro e a beleza cénica do Porto antigo.
O Porto, conhecida como “Capital do Norte”, é uma das cidades mais antigas de Portugal e desempenhou, desde sempre, um papel de importância vital na história do país. O desenvolvimento e modernização da cidade não escondem os traços do passado, bem visíveis para quem percorre as estreitas ruas do centro histórico ou observa os velhos monumentos.
Não podemos deixar de destacar, no Porto, a mítica Praça da Ribeira, uma das mais antigas da cidade. É, talvez, a parte mais procurada da cidade, pelo seu valor histórico e pelo cenário atrativo que oferece a quem visita. É um local pitoresco, onde a venda de produtos típicos e artesanais ainda se faz ao som de pregões populares. São as mercearias debaixo das escadas, as tascas, as esplanadas, o emaranhado de vielas, as roupas a secar junto às casas antigas e a música e dança dos artistas de rua. É também o Muro dos Bacalhoeiros, passeio alto à beira-rio com uma esplêndida vista sobre o rio e a cidade de Gaia, na outra margem. Praça antiga mas turística, pobre mas com pergaminhos, é um local cheia de vida. Esta azáfama desde sempre atraiu bastantes turistas, desejosos de se imiscuírem com a gente deste bairro. Pela noite dentro, é também um lugar animado, oferecendo locais de lazer para todos os gostos: desde Casas de Fado, pequenos bares e restaurantes típicos onde se encontra as tripas à Moda do Porto, as iscas de bacalhau e a célebre Francesinha.
A melhor forma de contemplar toda esta envolvência é através de um Cruzeiro no Douro. Aqui têm partida e chegada muitos dos cruzeiros que navegam nas frescas águas do Douro. Seja o Cruzeiro das Pontes, o Cruzeiro Porto-Régua-Porto ou o Cruzeiro Porto-Pinhão-Porto, qualquer programa permite apreciar a Ribeira sob um ângulo completamente diferente, mas todo ele deslumbrante.
Praça da Ribeira, a porta de entrada da cidade
Na Época Medieval já existia na Praça da Ribeira o mercado que comercializava os produtos que vinham de barco de todas as partes. Assim como o corrupio de comerciantes, marinheiros e populares, nacionais ou estrangeiros. Tal como hoje! Referida já numa carta régia de D. João I - datada de 1389 -, situada no centro nevrálgico da antiga cidade e bem no coração da atividade comercial desenvolvida à volta do rio, esta praça era, no passado, a mais importante porta de entrada da cidade.
“Ribeira Negra” (1987) é o nome do enorme painel de azulejos (54 metros de comprimento), da autoria do pintor Júlio Resende, que se encontra próximo da Ponte D. Luís I, e que tão bem retrata a vida colorida que corre nesta praça ribeirinha. O artista desde logo percebeu que nesta zona junto ao rio Douro se desenvolveu, desde tempos imemoriais, uma diferente forma de vida, especial na relação com a terra, com a água e com os homens.
A Praça da Ribeira oferece-nos também o soberbo espetáculo duma cidade que sobe, em cascata, a partir do rio. As casas foram sendo construídas na margem para melhor poderem receber o que os barcos traziam: o peixe, o vinho e as mercadorias. Como diz o poeta Eugénio de Andrade: «Toda a gente sabe que no Porto, entre a Sé e a Ribeira, as casas se empinam umas nas outras como os acrobatas no circo».
A Ribeira não só marcou as gentes, como a história da cidade. Através de algumas das suas construções podemos fazer a cronologia dos principais acontecimentos:
Muralha Fernandina e o Funicular dos Guindais
A Muralha Fernandina é o nome pela qual ficou conhecida a cintura medieval de muralhas do Porto, terminada no século XIV no reinado de D. Fernando, da qual somente pequenas partes sobreviveram até hoje.
Localizada junto à ingreme escarpa dos Guindais, foi construído no âmbito das obras do Porto 2001, Capital da Cultura, um Funicular que liga as imediações da Praça da Batalha ao tabuleiro inferior da Porto D. Luis I, e que oferece uma vista panorâmica soberba sobre o rio Douro e as suas margens.
Ponte D. Luis I
A esplêndida Ponte D. Luís I, edificada em 1886 por Théofile Seyring, assistente de Gustave Eiffel, é um brilhante exemplar da arquitetura do ferro e é uma das 6 Pontes que fazem a ligação entre o Porto e Vila Nova de Gaia.
Une as cidades através de 2 tabuleiros: o inferior serve o trânsito rodoviário e o superior é atravessado pelo Metro do Porto. Um dos pontos de interesse mais importantes da Cidade do Porto, que poderá visitar na nossa tour - Porto City Tour.
Memorial à Ponte das Barcas
A lendária Ponte das Barcas foi uma ponte sobre o rio Douro que existiu entre as margens de Porto e Gaia, construída sobre barcaças. Ficou tristemente ligada a um dos acontecimentos mais trágicos da história da cidade: o Desastre da Ponte das Barcas. A 29 de março de 1809, milhares de soldados franceses, sob o comando de Soult, invadiram o Porto. Num clima de grande pânico e pavor, muitos moradores da cidade precipitaram-se em direção à ponte para fugir para a outra margem. Deu-se, então, a tragédia. Alguns relatos dizem que a ponte foi cortada propositadamente, outros dizem que a ponte caiu sob o peso dos fugitivos. O que é certo é que milhares de pessoas morreram afogadas nas águas do Douro nesse fatídico dia. A tragédia foi retratada num baixo-relevo de bronze da autoria do escultor Teixeira Lopes. Este memorial, feito em 1897, é frequentemente apelidado de “alminhas da Ponte” e foi colocado no Muro da Ribeira sensivelmente no local onde a ponte desembocava do lado do Porto. Também o Arq.º Eduardo Souto Moura edificou duas esculturas simétricas em ambas as margens, em memória do desastre.
Pilares da Ponte Pênsil
A fragilidade da Ponte das Barcas, agudizada pelo trágico acidente de 1809, e as necessidades impostas pelo crescente tráfego entre as margens ribeirinhas do Porto e Gaia pressionaram a construção de uma nova Ponte.
A Ponte Pênsil abriu ao trânsito em 1843, mas apenas se manteve ao serviço durante 44 anos, quando foi substituída pela Ponte D. Luís I. Iniciaram-se de imediato as obras de demolição, restando hoje dessa Ponte apenas os 2 pilares do lado do Porto e a casa do guarda.
A Monumental Fonte e o Cubo
A Praça da Ribeira, de origem medieval, foi totalmente transformada no século XVIII por João de Almada, o grande reformador da cidade. Data dessa época a construção da monumental fonte que foi colocada no centro da Praça, em granito e de estilo barroco, que ostenta o escudo de armas de Portugal. Mais tarde, foi colocada no seu nicho uma estátua de São João Batista, da autoria do escultor João Cutileiro. A Praça da Ribeira é também conhecida pelos portuenses como “Praça do Cubo”, desde que lá foi colocado o “Cubo das Pombas da Paz”, da autoria de José Rodrigues, aquando da descoberta dos restos de um antigo chafariz no local.
Postigo do Carvão
Entre o Cais da Ribeira e o Cais da Estiva, vamos encontrar o Postigo do Carvão, a única entrada sobrevivente da cinta de muralhas.
Casa do Infante
Segundo a tradição, o Infante D. Henrique – o grande impulsionador dos Descobrimentos Portugueses - terá nascido nesta casa, datada do século XIII, que serviu de Alfandega Régia, de Casa da Moeda e de albergue da família real aquando da estadia na cidade. Atualmente é sede do Arquivo Histórico Municipal do Porto.
Pela diversidade de monumentos numa única Praça se pode compreender a importância deste local que faz parte, desde 1996, do núcleo do centro histórico elevado à categoria de Património da Humanidade pela UNESCO. Para fazer jus ao título e receber bem quem a visita, a Praça da Ribeira abre os braços a todos os visitantes todo o dia e toda a noite. Venha desfrutar de um magnífico Cruzeiro no Douro a partir desta Praça, tão cheia de história e tradições, aprecie a fantástica vista e relaxe de seguida numa das suas muitas esplanadas, contacte-nos!